quinta-feira, 26 de junho de 2014

CAIO E OS DEMAIS CAIDOS!

"Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo". (Judas 4)

O fato evangélico da semana foi a entrevista do Caio Fábio no programa do Danilo Gentili (SBT). Hesitei em ver porque já sabia do baixo teor da proposta de pseudo evangelho do Caio, mas por obrigação pastoral vi-me no desafio de acompanhar seus rasos pontos de vista e confirmar mais uma vez minha opinião sobre ele: um caído.

Mas, o que me parece ainda mais preocupante, além dos milhões de desafetos evangélicos, é o fato de que falar mal da igreja está se tornando um assunto dos mais prediletos em determinados ambientes, desde as academias (seminários) até nas conferências teológicas (inclusive de linha reformada). Aprendi com Joel Beeke de que a única forma de se falar da igreja é com os olhos marejados de lágrimas, mas ouço cada vez mais pregadores e articulistas falando da igreja com termos bem carregados de pejurativos: burros, malditos, miseráveis, desgraçados, calhordas, dentre outros. 

Olha, de modo algum defendo que não exista nas expressões plurais da "igreja evangélica brasileira" gente desonesta e pilantra, mas os generalismos me assustam! Caio critica o dízimo, mas foi sustentado durante 30 anos por conta da fidelidade dos crentes que hoje ele chama de "burros". Cada vez mais cimenta-se em mim a consciência de que a rebeldia é filha da ingratidão! Os críticos da igreja participam de conferências sustentadas pelos evangélicos, pastoreiam os que se identificam como "evangélicos", mas cismam em dizer em artigos rebuscados que já não são mais "evangélicos". Tenha santa paciência! São enganadores da fé simples do povo!

Os caídos são filhos de crentes, alguns de pastores, que foram criados na Escola Bíblica Dominical, foram sustentados em todo o período de formação teológica,  participaram das bênçãos espirituais e materiais dos crentes e agora, dizem "eu sou a igreja". Desculpe o meu português rascado: cospem no prato que comeram a vida inteira!". Isso me causa náuseas!

A igreja é imperfeita, porque é formada por pessoas imperfeita. Mas Jesus vai chamá-la de "minha igreja", em Mateus 16.18 e Pedro vai denominá-la de "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido", I Pedro 2.9. E não venha me dizer que aqui não contempla as denominações, pois igreja no NT é sempre entendida de uma forma plural, logo na sua expressão local (batista, presbiteriana, congregacional, metodista, assembléia de Deus, independente) ela possui o germe daquilo que Paulo vai chamar de "corpo de Cristo", em I Coríntios 12.

Vamos fechar uma questão? Falar mal da igreja é o mesmo que falar de Jesus! Pois noivo algum fica em silêncio quando se achincalha sua noiva! E Paulo em Efésios 6, vai dizer que a igreja é a "noiva de Cristo".

Caio e os caídos podem continuar falando, em suas pretensas inteligências à moda de "papagaios" que articulam conceitos que não dominam, mas a igreja permanecerá forte, quer vocês queiram ou não. Posso terminar com uma sentença: "a igreja tem muitos críticos, mas nenhum rival".