quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FESTA DO MILHO: PESSOAS SÃO A PRIORIDADE!

Está chegando o fim de semana, e com ele virá a nossa 11a edição da Festa do Milho. Estamos envolvidos aqui como igreja nos preparativos finais de nosso evento com um clima de culto e reverência excepcionais. Problemas? Temos! Pendências? Demais. Conflitos? Com certeza. Mas sabe o que entusiama o meu coração? Estar no centro da vontade de Deus ao servir pessoas nessa igreja formidável que é a IBACEN (Igreja Batista Central em Japuiba, Angra dos Reis, RJ).

Tenho dito que há pessoas que passam pela nossa vida e outras (poucas) que nos marcam profundamente! Ao longo de todas as edições de nossa Festa muitas pessoas passaram por nossa igreja e de alguma forma, fizeram história entre nós em suas doações, entregas e colaborações sem medida. Algumas delas não permaneceram conosco, optaram em trilhar outros caminos e, sempre foram livres para isso. Outras ficaram, acreditam que a igreja é mais do que um evento (ou uma série deles). Fica complicado estabelecer algo permanente quando se é fissurado em e-ventos, como se pode depreender dessa nova escrita, ventos que se movem de um lado para o outro, sem consistência e sem senso de história.

Quando olho para algumas fotos como as que temos em nosso site (www.ibacen.com.br) me reporto às mais variadas reflexões sobre as pessoas e me refugio no seguinte entendimento: pessoas devem ser sempre a nossa prioridade enquanto igreja. A nossa Festa do Milho já no sexto ano reuniu uma multidão impressionante de 4 mil pessoas! Nos dois anos seguintes, já contabilizávamos (por escrita oficial) 6 mil pessoas! Chegou o tempo de fazermos uma escolha: continuávamos a crescer e tornaríamos um "evento de ponta" em nossa cidade, fustigando nossos voluntários (membros e congregados da igreja), abrindo mão de nosso gerenciamento ao ceder espaços consideráveis da Festa a iniciativas privadas ou iriamos limitar a nossa Festa no espaço de nosso templo e estrutura.

Optamos pela segunda saida: hoje persistimos como uma Festa "de igreja" com as limitações de todo programa que conta com voluntariado gratuito, mas conservamos a leveza e a beleza de um encontro de amigos, parentes, irmãos e conhecidos em Cristo que se relacionam com simplicidade. No uso de nosso próprio templo como restaurante estamos dando o seguinte sinal: aqui onde semanalmente alimentamos o espírito, agora alimentamos o corpo, isso porque a nossa proposta como igreja é atingir o homem em sua integralidade: corpo e alma-espírito!

As pessoas que gerenciam a Festa o fazem de um coração tão ativo e piedoso que, nem ouso citar os seus nomes (embora tenha sido tentado ao começar o artigo) pois isso quebraria a intenção deles em figurarem no anonimato entre os homens para serem reconhecidos apenas por Deus!

Olha, fica dificil ao menos cogitar de modo sério me distanciar dessa igreja tão amorosa e acolhedora. Somente o Deus Eterno poderá fazer isso! E, eu aproveito para terminar citando Donald Gray no livro que eu estou lendo por esses dias, "a assinatura de Jesus" de Brenan Manning: "Um dos mistérios da tradição do evangelho é essa estranha atração de Jesus pelas pessoas sem atração alguma, seu estranho desejo pelos indesejáveis, seu estranho amor pelos não-amáveis. A chave desse mistério é, naturalmente, o Pai. Jesus faz o que vê seu Pai fazendo, ama os que o Pai ama".

E como igreja nesses dias não podemos fazer diferente! Trataremos e receberemos pessoas de lugares diversos, situações vivenciais variadas e todas, carentes de um toque de amor que receberão pelos nossos mais de 200 voluntários que, trabalharam sábado e domingo (alguns já estão trabalhando desde abril desse ano) para fazer dessa "Festa do Milho" um marco. E saiba que o milho é apenas o pretexto para estarmos juntos. O milho é apenas o convite para vivermos e encarnarmos o Evangelho nesses dois dias. Seja bem vindo na Festa você também!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

VEM AI A FESTA DO MILHO!!! OLHA A TOLERÂNCIA!!!

"Pessoas que não trabalham não têm o direito de criticar aqueles que, pelo menos, tentam".

Nesse fim de semana estaremos envolvidos na 11a edição da nossa Festa do Milho. Circulam pela Festa entre 5 e 6 mil pessoas (com estimativas oficiais) e como resultado temos os seguintes benefícios: inserção da igreja com a comunidade, oportunidade de evangelização, exposição de talentos musicais da cidade e arredores, retorno financeiro para a construção de nosso templo e aumento considerável de nosso nível de comunhão entre os nossos crentes!

Mas, me veio à mente hoje de escrever um curto artigo lembrando que, num contexto de trabalho tão dedicado, com uma dinâmica de 15 horas de puro batente, é muito comum haver ranhuras em relacionamentos, e ainda uma dose altíssima e perigosa de intolerância! Isto porque o orgulho infelizmente começa a falar mais alto quando posições de liderança e de trabalho são modificadas ano após ano, considerando a entrada constante de pessoas novas na igreja.

Nós temos de aprender muito com as formigas em relação à Festa do Milho. Você conhece a história da formiga e da cigarra? Vou relembrar (com uma versão diferente):

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: "Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!". "Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno."

Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha. A cigarra então aconselhou:
"Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!"

A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa. A rainha das formigas falou então para a cigarra: "Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio."

A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou: "Hum!! O inverno ainda está longe, querida!"

Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.

Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.

Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.

Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: "No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós."

Para cigarra e para as formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

Enfim, mesmo para a inconsequente cigarra houve uma tolerância especial por parte da rainha das formigas! Tem de ser assim também em nosso meio! Os mais novos precisam ser mais respeitados pelos mais velhos! Todos estão no caminho do aprendizado! Igreja tem um pouco de Escola sim!